segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O gesso

O Gesso
O gesso é conhecido a mais de 9000 anos .

O gesso é uma substância, normalmente vendida na forma de um pó branco, produzida a partir do mineral gipsita (também denominada gesso), composto basicamente de sulfato de cálcio hidratado. Quando a gipsita é esmagada e calcinada>, ela perde água, formando o gesso.

É produzido através de um processo de esmagamento e calcinação do "gypsum" (rocha sedimentaria), transformado em pó branco que misturado com agua endurece rapidamente.
Existem muitas variedades de gesso, cada uma adaptada a uma função de determinado trabalho:
ceramista, fundidor, decorador, dentista, etc.

Seca em pouco tempo, adquirindo sua forma definitiva em 8 a 12 minutos, é usado também para fundir molduras, na modelagem e fixação de placas para forro.
O gesso não é só bonito e barato, mas peças confeccionadas com este material apresentam bom isolamento térmico e acústico, além de manter equilibrada a umidade do ar em áreas fechadas , devido à sua facilidade em absorver água.
O critério para utilização de um tipo de gesso é dependente de seu uso e, como conseqüência, das propriedades físicas que esta aplicação em particular irá exigir. A nós interessa mais o gesso comum ( stucco) encontrado nas lojas de material de construção.

O gesso encontrado sob a forma de pó, blocos ou placas, presta-se a uma grande variedade de aplicações:
- como revestimento de paredes, no lugar da massa fina;
- para fundir molduras e na modelagem e fixação de placas para forro;
- fabricar peças como sancas, molduras para tetos, colunas e placas para composição de paredes e forros rebaixados, que permitem embutir caixas de som e spots de luz;
- como chapas de gesso acartonado (compostas basicamente por duas folhas de papel recheadas de gesso), também se prestam à execução de forros, além de permitir a construçãode paredes divisórias.





Como endurece o gesso?
No estágio 1 a mistura inicial do sulfato de cálcio hemidratado e àgua .

No estágio 2 a reação com a àgua começa, e o precipitado de sulfato de cálcio dehidratado forma os núcleos de cristalização.

No estágio 3 podemos observar o início do crescimento de cristais a partir dos núcleos.

No estágio 4 os cristais de sulfato de cálcio dehidratado já estão bem crescidos. Para o crescimento dos cristais de sulfato de cálcio dehidratado, a mistura consome àgua. O crescimento dos cristais e absorção d'àgua tornam a mistura viscosa.

No estágio 5 os cristais já se tocam e podemos dizer que aqui é o momento de pega inicial. Na prática é aqui que a mistura perde o brilho superficial devida a absorção d'àgua na formação do dehidratado.

No estágio 6 todos cristais estam entrelaçados formando um corpo sólido
Fonte: Gessos Rutenium




O trabalho no gesso
Apesar de endurecer muito rapidamente o gesso permite que você o esculpa depois de rígido... com uma ponta de faca, ou qualquer outra ferramenta, (martelo, serrote de aço, chave de fenda, esmeril, etc.) mais dura que ele.

Além de muito barato tem uma enorme gama de utilizações, entre elas a de produzir "protótipos" os mais diversos.

O objeto feito em gesso, quando cuidado pode durar muitos anos.

Pintado, encerado, envernizado, resinado, metalizado... liso ou com relevos,como sancas, molduras para tetos, colunas, placas para composição de paredes e forros rebaixados em vários pedaços encaixados, ou em peça única, é um maravilhoso material para também desenvolver a criatividade artística (esculturas, baixos e altos relevos, objetos utilitários, etc.).

Sua aplicação é rápida , porém quando se adquire um pouco de pratica o tempo não é problema.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

UFPE

UFPE desenvolve forno sustentável para produção de gesso


O Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Pernambuco dispõe agora do Laboratório Avançado de Tecnologia do Gesso, inaugurado nesta quarta-feira (30). O espaço dispõe de um forno tubular duplo rotativo (foto) para produção de gesso de qualidade controlada, que foi totalmente construído com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).

"É um projeto pioneiro no País. Trata-se de um processo que apresenta alta eficiência térmica para produção não só de gesso, como também da anidrita (mineral importante para retardar o tempo de endurecimento do gesso.). Mas seu principal diferencial é o fato de ser um equipamento sustentável, que dispensa queima de madeira e usa gás natural ou biocombustíveis", explica o coordenador do Laboratório, Prof. Armando Shinohara.

Outra característica do forno, que tem capacidade estimada de 30 toneladas/dia, é a possibilidade de condensação do vapor de água emitido durante o processo. Shinohara afirma que se todo o vapor de água emitido no processo de calcinação da gipsita no Pólo Gesseiro do Araripe, no extremo oeste de Pernambuco, fosse condensado, seria possível obter em torno de 110 milhões de litros de água por ano.

No laboratório, serão realizados estudos integrados nas áreas de Engenharia de Materiais, Automação Industrial, Energia e Meio Ambiente, com o objetivo de analisar a viabilidade econômica e técnica do forno, para que ele possa ser utilizado no Pólo Gesseiro. Shinohara conta que a empresa fabricante de fornos de calcinação Menkaura, que aceitou o desafio de fazer o forno do Laboratório, não dominava essa tecnologia, mas agora está apta a fabricá-lo em escala industrial.

"Além de ter permitido a compra dos equipamentos analíticos e a construção do forno, o ponto mais interessante do apoio da FINEP foi a possibilidade de interação universidade-empresa, que ocorreu de modo bastante estreito", conta o professor.

Além da FINEP, o Laboratório Avançado de Tecnologia do Gesso da UFPE teve apoio do Pólo Gesseiro do Araripe, da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp e do Department of Earth and Planetary Science da Universidade de Tókio (JAP). Recebeu ainda recursos do Programa Nacional de Cooperação Acadêmica da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Procad/Capes), Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PADCT/CNPq) e da Pró-Reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças (Proplan/UFPE).